Cerca de 1500 a.C., no Egito, o povo de Israel vivia escravizado sob o império de Faraó (provavelmente Tutmose I). No entanto, "quanto mais os afligiam tanto mais se multiplicavam" (Ex 1.11). Então, Faraó, temendo o fortalecimento do povo de Deus e uma possível rebelião (Ex 1.9,10), decretou um infanticídio sistemático (Ex 1.15-22).
Neste cenário opressor, surge a figura de uma mãe, Joquebede, que tendo um filho, ainda conseguiu escondê-lo por 3 meses dos atrozes assassinos (Exodo 2). E agora? A cada dia fica mais difícil esconder a criança. Na verdade já havia sido um milagre guardá-la durante esse tempo. Joquebede provavelmente se deparou diante de vários dilemas. Ela já tinha 2 filhos, Arão e Miriã. Quem sabe alguém até a aconselhou a entregar ou abandonar o menino. Porém, Joquebede era israelita ("princesa de Deus") e esposa de um levita (adorador do Senhor). Ela confiava no Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Assim, ela toma uma decisão de fé e de coragem, coloca o menino num cesto para descer o Rio Nilo (normalmente cheio de hipopótamos e crocodilos), enquanto Miriã observava aonde o cesto chegaria, mostrando que sua atitude não foi a de uma "mãe desnaturada" abandonando o filho, mas, de uma atitude de plena confiança na providência divina. Confiança esta, comprovada pelos fatos a seguir: o cesto chega às margens do palácio real, onde a filha de Faraó se banhava. Miriã, penetrando entre as servas, se dispõe a encontrar um ama para cuidar do menino. Maravilhosamente é a própria Joquebedeque quem criara o garoto e ainda com salário pago pela filha de Faráo, Aleluia!!! E somente quando o menino completa entre 5 e 8 anos de idade é que foi oficialmente adotado pela filha de Faraó.
Porém, Joquebede não estava frustrada. Deus guardou seu filho da morte, lhe permitiu criá-lo nos caminhos do Senhor e com as melhores condições da época, e agora seu filho vai morar no palácio de Rei, ser um príncipe do Egito. Como se já não bastasse, quase 80 anos depois, ele será chamado por Deus para voltar para seu povo, ser o libertador de Israel e tornar-se um dos maiores líderes da história da humanidade: Moisés.
Imagine agora, e se Joquebede simplesmente abortasse a Moisés por receio de não poder criá-lo diante de circunstâncias tão desumanas e opressoras da época? E se depois dos 3 meses ela friamente o abandonasse?
Assim como nos tempos de Moisés, há um sistema satânico que continua ameaçando o futuro de nossas crianças. Que Deus levante corajosas mães "Joquebedes" para confrontar esta triste realidade pelo poder da fé.
Ronaldo Lucena
(um filho grato à Deus por sua mamãe Norma Lucena)
Comentários
Postar um comentário